Tecnologia para Aprendizagem

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Ao longo da história, muitos processos de transformação da sociedade foram marcados por diferentes recursos tecnológicos criados para facilitar o trabalho e a relação do homem com os outros e com o mundo. O domínio de determinados tipos de tecnologia, bem como o domínio da informação, permeava todas as relações sociais e determinava as relações de poder.

A revolução tecnológica vem transformando as formas de produzir e os meios de consumo, o que tem impactado diretamente a maneira como interagimos com nossos alunos.

Atualmente, a tecnologia e o pensamento computacional têm mudado a forma como produzimos, consumimos, nos relacionamos e, até mesmo, como exercemos nossa cidadania. Além disso, essas mudanças impactam e transformam diretamente a forma como ensinamos e aprendemos. É preciso oferecer aos alunos caminhos para que eles possam tornar-se cidadãos críticos, reflexivos e criativos, capazes de analisarem o mundo ao seu redor, tomarem decisões, fazerem escolhas e serem felizes.

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Neste contexto de mudanças rápidas, a cidadania depende cada vez mais da educação institucionalizada atualizada para socialização dos saberes a fim de tirar o indivíduo da condição de coadjuvante para protagonista, aquele que faz parte e atua dentro do seu contexto, utilizando a tecnologia como aliada.

(Iana Assunção de Aguiar e Elizete Passos, 2014, p.02).

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Inseridos no contexto da cultura digital, o ambiente escolar e as metodologias de ensino e aprendizagem incorporam tecnologias digitais como aliados do professor e do aluno no processo de viabilização de informação e transformação desta em conhecimento.

A Base Nacional Comum Curricular prevê esta sincronização da área educacional com a cultura digital e propõe que a educação venha a “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva” (BRASIL, Brasília. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. 2017).

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A BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia.
(BNCC, p.70)

No momento atual, a tecnologia está sendo crescentemente integrada à educação, de modo a promover e ampliar o aprendizado em todas as áreas do conhecimento. Diante desse cenário, educadores de todas as áreas também têm sua profissão transformada, pois precisam buscar uma sintonia entre o objeto de conhecimento a ser trabalhado e os recursos digitais.

Uma vez alcançada, essa sintonia auxilia, potencializa e enriquece o processo de ensino e aprendizado, torna as aulas inovadoras e atraentes, aumenta o engajamento, a integração entre alunos, professores e gestores, melhora o desempenho escolar e, com isso, contribui para reduzir a taxa de evasão e reprovação e, consequentemente, colabora com o aprimoramento da qualidade do ensino. O acesso ao conhecimento para além das fronteiras geográficas, permitido pela Internet, aproxima o aluno de realidades, culturas e línguas diversificadas.


Por seu caráter interdisciplinar e transdisciplinar, as tecnologias promovem a integração das áreas do conhecimento.


Tecnologia para Aprendizagem

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Metodologias Ativas de Aprendizagem

As Metodologias Ativas de Aprendizagem são técnicas que colocam o aluno como o grande responsável pela construção de conhecimento. Nesse processo, ele tem maior autonomia e participação para realizar as atividades propostas, o que colabora para o engajamento e confiança no desenvolvimento de novas habilidades.

O professor passa a ser um designer de experiências de aprendizagem, que auxilia a mobilizar as competências necessárias nos alunos, para cada etapa de ensino, a partir de desafios e resolução de problemas reais.

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“As metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetivas dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível e interligada”.

(BACICH e MORAN, 2018)

Nesse sentido, orientar os alunos no processo de ensino e aprendizagem por meio dos recursos digitais é integrá-los em atividades reflexivas e práticas, nas quais eles serão os protagonistas de sua aprendizagem. Dessa maneira, o uso das metodologias ativas potencializa o desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem e das competências do Século XXI.


Cada vez mais, a escola vai se tornar uma comunidade colaborativa de aprendizagem.


Benefícios do uso das Metodologias Ativas:

beneficio 1 Autonomia para os alunos;

beneficio 2 Construção do conhecimento;

beneficio 3 Conexão e interação entre alunos e professores;

beneficio 4 Pensamento crítico e criativo;

beneficio 5 Engajamento dos alunos;

beneficio 6 Melhor aproveitamento das aulas;

beneficio 7 Democratização da educação.

As principais estratégias que compõem o conceito de Metodologias Ativas:

ENSINO HÍBRIDO

O professor promove dois formatos de atividade, onde os alunos poderão interagir on-line e off-line.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

Por meio de desafios e resolução de problemas, os alunos terão acesso a diversas áreas do conhecimento, com a finalidade de criar um produto ou encontrar uma solução.

SALA DE AULA INVERTIDA

O conteúdo é estudado em casa e, na escola, todos esclarecem dúvidas e compartilham o aprendizado.

STEAM

Termo em inglês para o uso multidisciplinar de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática.

APRENDIZAGEM CRIATIVA

Promove o desenvolvimento de indivíduos para que pensem e atuem de forma criativa, colaborativa e sistemática.

ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES

Propõe diferentes experiências e conhecimentos em pequenos grupos que circulam pelas estações de aprendizagem.

Colaborar, criar, pesquisar e compartilhar são conceitos e iniciativas que, progressivamente, deverão fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, pois assim exige o mundo neste século, onde tudo muda rapidamente. Os alunos terão que desenvolver desde cedo, com a orientação dos professores, sua capacidade autodidata durante a vida escolar, de forma a serem capazes de continuar aprendendo ao longo da vida.

Atualmente grande parte dos recursos tecnológicos, como os tablets, de uma forma ou de outra, já estão incorporados a muitas rotinas, mas vale destacar que os professores são – e serão cada vez mais – os grandes promotores e motivadores para o uso das novas possibilidades de atividades, projetos e interação na escola, fomentando assim a autonomia e o protagonismo, além de propiciarem o desenvolvimento de habilidades para as profissões e carreiras que esperam por nossos alunos fora da escola.

Referências

AGUIAR, Iana Assunção de, e Elizete e Passos. A tecnologia como caminho para uma educação cidadã. 2014.

BACICH, Lilian; MORAN, José M. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2017.

BRASIL, Brasília. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. 2018.

Currículo de Referência em Tecnologia e Educação – CIEB (Centro de Inovação e Educação Brasileira).

Dimensões e Desenvolvimento das competências gerais da BNCC. Movimento Todos pela Base, 2018.

Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Currículo da Cidade. Ensino Fundamental. Componente Curricular: Tecnologias para a Aprendizagem. 2ª Edição. São Paulo, 2019.

Sociedade Brasileira de Computação. Referenciais de Formação em Computação: Educação Básica - Versão julho/2017–SBC.

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